Poesia de Porto

Eu caio,
E tu cais,
E quando cais,
Eu porto,
E me parto,
E me divido em mil partes.

Porque quando tu cais,
Eu fico só...
Sem porto,
Sem cais,
À deriva no mar.

E quando eu caio,
Tu te partes,
E te vais,
Sem olhar pra trás.

Mas quando nós dois,
Juntos,
Viramos porto,
E partimos,
Sem rumo,
Nos encontramos naquilo que perdemos,
E nos perdemos nas trilhas que encontramos.

E quando partimos,
Naqueles portos que nos uniram,
Eu te vejo, meu bem.
Perdido no mar, 
Procurando abrigo.

Porque quando eu caio,
Tu cais,
E porto nenhum parte,
O laço que existe entre nós.

E de porto em porto,
De cais em cais,
Encontramos no caos,
O nosso abrigo.

-Duda Fagundes

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